São vinte horas, é hora de abrir o salão. Em menos de trinta minutos todo o trabalho de dois meses do Grupo Divulgação será submetido ao julgamento do público.

É nesse momento que lembramos de como a peça saiu do papel e beio para o palco. A busca por um texto que chegasse ao público, que levasse, acima de tudo, uma mensagem. Uma peça que dialogasse constantemente com sua realidade, seu tempo e seu espaço. As primeiras leituras, a aflição por saber o que iria acontecer na próxima página, a surpresa com o final. Os papéis trocados até que alguém se encaixasse perfeitamente no personagem. O longo caminho entre o primeiro contato, passando pelos ensaios diários e chegando à busca do aprimoramento junto ao público.

Primeiro sinal. Hora de rezar. Todos os atores se colocam no palco, em forma circular, dão-se as mãos e rezam. (...)

Trecho de A hora da espera, de Basileu Rodrigo Tavares (pág. 7).