O teatro italiano da Renascença não apresenta produções que se caracterizem pelo mesmo brilho atingido, por exemplo, nas artes plásticas. A tradição do drama sacro medieval, cuja vertente mais criativa estaria ligada, principalmente, ao espetáculo, não foi como tal absorvida pelos criadores dramáticos da época. Dentro da euforia cientificista, vamos constatar uma preocupação mais centralizada na teoria do que na prática teatral, se considerarmos o chamado teatro erudito. Se a comédia dell’arte viria a exportar, do fundo de sua origem popular, as principais aquisições da arte dramática em sua evolução, a dramaturgia - enquanto produção de textos teatrais - não conseguiu ser, sequer, uma sombra deste vigor.
Situada, cronologicamente, como uma produção cômica renascentista. “A Mandrágora” transborda, nitidamente, as comportas de seu tempo, ainda que formalmente se enquadre perfeitamente nos moldes da época. (...)
Trecho de
Autor: Maquiavel
Ano: 1981
Elenco: Cléber Ambrósio (Calímaco), Eder Kegele (Siro), José Luiz (Dr. Nícias), Robson Terra (Ligúrio), Iêda Alcântara (Sóstrata), Rodrigo Barbosa (Frei Timóteo),Eliana Alípaz (Mulher), Cláudia Miranda (Lucrécia)
Figurino Malu Ribeiro
Sonotécnica Ailton Magiolli
Iluminotécnica Chintia Lopes
Cenário e Direção: José Luiz Ribeiro