“O rei da vela” foi escrita em 1935 e publicada em junho de 1937, dedicada a Eugênia e Álvaro Moreyra, criadores do Teatro de Brinquedo, com as seguintes palavras: “A Álvaro Moreyra e Eugênia Álvaro Moreyra, na dura criação de um enjeitado - o teatro nacional”. Mais uma síntese perfeita. O enjeitado continua sem jeito.
Ainda que se tenha como marco de renovação dramatúrgica brasileira, a encenação de Vestido de noiva, de Nelson Rodrigues, pelos Comediantes em 1947, as três peças de Oswald de Andrade representam, na verdade, a grande inovação. Todavia, só em 1967 conseguiu-se o avanço necessário da encenação, possibilitando sua tradução para o palco, através de “O rei da vela”, sob a direção de José Celso Martínez Correa, em montagem do Grupo oficina de São Paulo.
“O rei da vela” se desenvolve em três tempos, perfeitamente diversos e perfeitamente integrados. No primeiro ato temos a colocação da problemática da peça, dentro do mais puro estilo da peça de tese: o reconhecimento do caráter do usuário Abelardo I, através de seu relacionamento com outras personagens. (...)
Trecho de
Autor: Oswald de Andrade
Ano: 1982
Elenco: José Luiz (Abelardo 1), José Renato Pippa (Abelardo 2), Flávio Larivoir (Cliente), Elaine Coelho (Secretária nº 3), Iêda Alcântara (Heloísa), Thadeu Evangelista (Intelectual), Ana Lúcia Petrocello (Cesarina), Valéria Veiga Penna (D. Poloquinha), Robson Terra (Totó Fruta do Conde), Miriam de Carvalho (João dos Divãs),
Carlos Augusto Lauro (Americano), Carlos Augusto Lauro (Perdigoto), Thadeu Evangelista (Berlamino) e Levindo Ferreira (Ponto)
Iluminotécnica José Carlos
Figurino: Malu Ribeiro
Cenário e Direção: José Luiz Ribeiro