Os personagens dos contos de fadas passam, metaforicamente, viver outras funções que não as estereotipadas. Em um “Reino de Nunca Dantes”, as bruxas passam por extorsão de seus direitos pela família real. Essa peça foi montada sob a direção de José Luiz Ribeiro, em 2010, no Forum da Cultura.

No Reino de Nunca Dantes, as bruxas Brunilda, Repelex e Chiclets moravam em sua propriedade contemplada com muitas riquezas naturais. Estas terras passaram a ser cobiçadas pelo Rei de Nunca Dantes, e, para conseguir seu intento, o monarca traça um estratagema. O plano consistia em convidar as três bruxas para receber uma condecoração, e para que isso fosse feito, elas deveriam assinar um documento. A bruxa Chiclets descobre que o documento transmitiria a posse das terras para o rei. Diante do engodo, ela consegue convencer suas irmãs da armação real. Usando de seus poderes mágicos, elas fazem justiça e dão uma lição de moral ao rei desonesto.

O texto sugere para as crianças um debate sobre comportamentos anti-éticos e mostra que nem sempre as bruxas serão más e desonestas, como o rei que age por cobiça tentando retirar bens de uma família possuidora de terras inexploradas, mas detentoras de grandes riquezas.