Estruturada dentro dos moldes da Commedia Dell’Arte a peça O ARLEQUIM SERVIDOR DE DOIS AMOS apresenta, em sua estrutura, a divisão em quadros que variam de cenário e podem ser destacados como cenas isoladas, ainda que apresentem visível e clara continuidade. Desenvolvida em 3 atos, a peça introduz personagens e enredos típicos da comédia popular italiana do renascimento, sob a nova luz do século XVIII.
Dos desencontros e entraves amorosos entre os casais Beatriz e Florindo, Rosaura e Sílvio, nasce um terceiro par formado pela criada Esmeralda e pelo criado Arlequim. Sobre tudo isto paira, fantasmagórica, com um certo ar de mediunidade, a figura de Frederico Rusponi, assombrando, de além túmulo, os amorosos.
Os tipos fixos da Commedia Dell”Arte, que, muitas vezes chegavam a viver cinco ou mais desencontros amorosos, encontram-se bastante suavizados e se mostram bem mais simpáticos em Goldoni.
Pantaleão deixa de ser aquele velho resmungão e inimigo dos jovens para assumir um ar paternal e moralista que, empenhada a palavra, mantê-la contra tudo e contra todos, mesmo arriscando a felicidade da filha.
Trecho de
Autor: Carlo Goldoni
Ano: 1975
Elenco: José Eduardo Arcuri (Pantaleão), Sérgio Arcuri (Doutor), Virgínia Paes (Rosaura), José Sales Pimenta (Sílvio), Sandra Emília (Esmeraldina), José Luiz (Arlequim), Gabriel Sales Pimenta (Florindo), Léa Clifford (Beatriz e Frederico) e Nelma Fróes(Carregador e criado)
Iluminotécnica: Alberto Coura
Sonotécnica: Berenice Pinheiro de Paula
Figurino: Malu Ribeiro
Cenário: Lucas Marques do Amaral
Tradução: Carla Civelli
Máscaras e Direção: José Luiz Ribeiro