A montagem de O Diário de um Louco é a concretização da busca de uma nova forma
de teatro em Juiz de Fora. O texto, de difícil interpretação e profundo conteúdo humano atual, torna-se um veículo de acusação e grito de alerta
contra uma sociedade desumana, que não permite a realização dos indivíduos.
Antonino barnabé, como Joseph K. de O processo", de Kafka, debate-se entre os estreitos corredores
de um "status quo" asfixiante. A fatalidade manejada por uma estrutura contra a qual ele não sente forças para lutar reflertir-se-á em
sua mente já predisposta à desagregação, levando-o à alienação total. A loucura torna-se para ele a única forma de extirpar a angústia, o sofrimento.
então buscamos uma forma de plastificar o texto, subtraindo deste as imagens sugeridas por ele. (...)
Trecho de A montagem (pág. 13).
(Leia na íntegra esse e outros textos no programa original completo em PDF)
Autor: Nikolai Vassilievitch Gogol (adaptação de Rubem Rocha Filho)
Ano: 1969
Elenco: José Luiz Ribeiro (Antonino Barnabé) e Maria Helena Fialho (Fifi)
Cenotécnica e Iluminotécnica: Rogério Costa Dacors
Sonotécnica: Maria Helena
Slides: Lucy Brandão
Contra-regra: Lea Cliford
Fotografia: Amado Netto Resende Filho e Herval C. Braz
Produção: José Eduardo Benevello de Castro
Publicidade: Martha Sirimarco e Celeste Emerick
Cenários e Figurinos: José Luiz Ribeiro
Direção: Malu Campanha da Rocha