“Girança” é uma explosão que estilhaça o tempo e acende cenas de memória, criando, através de pequenos flashes, um painel que narra a história simples dos migrantes que ajudaram construir a cidade mineira que vai nascer no século XX. É um resgate de acontecimentos que se tornam longínquos e pairam, de maneira tênue, na névoa do tempo e que, quando acordados, puxam uma ciranda de lembranças que nos levam numa viagem memorial.
O nome “girança” apareceu, pela primeira vez, no velho balcão verde do Diário Mercantil, onde o poeta Ivan Daibert nos levava sua contribuição semanal para o “Suplemento Literário” que integrava o Caderno de Domingo. Tempos depois, o poema apareceu no livro “Porta do Tempo” e que, junto com Pedro Nava, em seu “Baú de Ossos”, Murilo Mendes, em “A Idade do Serrote” e outras obras, que acordam movimentos vividos, despertaram uma peça criada para um elenco jovem.
Trecho de
Autor: José Luiz Ribeiro
Ano: 1985/1986
Elenco: Marcos Orione (Memória, Toninho e Padre), Gisela Barbosa (Memória e Mãe), Maria Tereza da Silva (Memória e Euzébia), Mônica Prado (Memória e Nossa Senhora), Uilde Melo (Memória e Isabel), Guy Schmidt (Pai), Sheila de Oliveira/Aleyse Gramigna* (Marcolina), Anna Carla Duarte (Maizé e Clotilde), Marcos Venício Cordeiro (João), José Márcio de Souza (Tião), Alice Freesz (Mercês), Valéria Veiga Penna/Nilma Raquel Silva* (Cecília e Lia), Luzia Resende (Serafina e D. Lica), Fátima Amorim (Terezinha), Ronaldo Borges (Neco e Estáquio) e Arlete Heringer (Lindaura e Waldete)
Cartaz: Reginaldo Cunha
Figurino: Malu Ribeiro
Sonotécnica: José Luiz/Marise Mendes
Iluminotécnica: João Ricardo Luz
Administração: Virgínia Fonseca
Cenário e Direção José Luiz Ribeiro
* Fizeram a segunda temporada (1986)