Do emaranhado de nossas obsessões algumas vão vêm e acabam por nos enredar. A poética definição acima é uma de minhas insistências que se conjuga com a tentação irreprimível de voltar a costurar conceitos há muito exercitados, mas sempre instigantes. A esse exercício chamo de leitura em liberdade. E ouso fazê-lo, provocada por Sófocles, Lévi-Strauss, Hathorn e Carneiro Leão, principalmente. É uma viagem prazerosa em torno de um tema amigo.
"Édipo-Rei", de Sófocles me aparece sobretudo com a tragédia da visibilidade e da busca da identidade no difícil trajeto humano de conciliação entre o saber e a experiência, entre a razão e o orgulho intelectual e o instinto, a vivência sensível acumulada. O próprio confronto Édipo – Tirésias com suas ambiguidades originárias. (...)
Trecho de
Autor: Sófocles
Ano: 1991
Elenco: Flávio Mattos (Édipo), Adriana Malvaccini e Renata Vargas (Sacerdotisas e Coro), Arlete Heringer (Sacerdotisa, Coro e Ama), Luiz Fernando Rocha (Sacerdotisa, Coro e Ama), Márcia Falabella (Tirésias e Coro), Marise Mendes (Jocasta e Coro), Cursi Jr. (Emissário e Coro), Márcio Gomes (Pastor e Coro), Patrícia Biage e Kátia Silveira (Filhas de Édipo e Coro), Luciana Vaz de Mello (Corifeu), André Santos, Márcia Costa e Ronaldo Ferreira (Coro)
Fotos: Augusto França
Figurino: Malu Ribeiro
Iluminotécnica: Elisa Carneiro
Sonotécnica: Pedro Chicri
Administração: Virgínia Fonseca
Arranjos: Dionísio Giovanini
Cartaz, Cenário, Música Original e Direção: José Luiz Ribeiro