A Fábula é o repositório da cultura popular que nos ensina, através da alegoria, a verdade escondida no verdadeiro sentido das coisas. Em “Como se come um homem”, também chamado Em alto mar, podemos encontrar uma moderna fábula que demonstra o exercício de observação da antropofagia das classes sociais em sua luta por sobrevivência nos momentos de crise.
Dentro da corrente do teatro do absurdo, aqui representada na obra do polonês S. Mrozek, podemos ver o absurdo do cotidiano. Na festa e na guerra o homem transgride as regras de convivência social e, liberto das máscaras, mostra-se em sua totalidade.
Mrozek coloca esta realidade diante de um raio X e fotografa, alegoricamente, os três náufragos que resistem, numa jangada, até que se acabam as provisões. Racionalmente, procura-se administrar a vida do próximo, transformando-a em matéria-prima de sobrevivência. Invocando a justiça histórica, apela-se para a lei da selva, onde o mais forte alimenta-se do mais fraco. (...)
Trecho de
Autor: S. Mrozek
Ano: 1994
Elenco: Pedro Chicri (O Grande Aristocrata), Luís Roberto Venâncio (O Burguês Mediano), Rodolfo Lisboa (O Pequeno Proletário), Carlos Brandi (O Carteiro) e Caíque Massena (O Mordomo)
Iluminotécnica: Márcia Falabella/Marise Mendes
Sonotécnica: Patrícia Biage
Equipe de Apoio: Virgínia Fonseca, Fátima Amorim, Augusto França, Flávio Mattos, Adriano Medeiros e Giovanna de Carvalho
Tradução: Cláudio Cesar Costa
Figurino: Malu Ribeiro
Cartaz: Augusto França
Trilha Sonora, Cenário e Direção: José Luiz Ribeiro