O ato de fazer teatro é sempre um exercício permanente de sonhos e resgates. A dimensão da utopia permite o ir e vir neste universo mítico no qual a festa reina, soberana. A vanguarda é a retaguarda que o mundo esqueceu. Resgatar procedimentos é uma forma de reabastecimento para um salto adiante.
Os textos de Jorge Andrade são sempre uma forma de recarregar as baterias, olhar os caminhos da formação brasileira e projetar prospecções futuras. "Os Ossos do Barão" narra, com sagacidade, a história imigrante que enriquece, provando, na prática, que o verdadeiro capital é o trabalho.
Egisto Ghirotto vem de uma terra italiana esgotada, onde o labor não recebe a resposta esperada. Mas o Brasil, o país do sol, é um paraíso somente perturbado pela peste de uma política corrupta, herança da colonização portuguesa, que encarava o trabalho um ato sem dignidade. Mas sua vontade de vencer alcançará frutos imediatos. A terra fértil proverá seus sonhos e anseios e a crise da nobreza do café lhe dará impulso para vencer. (...)
Trecho de
Autor: Jorge Andrade
Ano: 1999
Elenco: José Luiz (Egisto), Márcia Falabella (Bianca), Marcos Araújo (Martino), Júlio Andrade (Miguel), Marise Mendes (Verônica), Franciane Lúcia (Izabel), Bárbara Bastos (Marta), Cristina Braga (Clélia), Rónisson Reis (Alfredo), Bianca Cores (Lucrécia), Fátima Amorim (Elisa) e Danúbia Figueira (Copeira)
Sonotécnica: Tiago Vítor
Iluminotécnica: Paulo Moraes
Apoio Administrativo: Virgínia Fonseca
Núcleo de Cenografia: Franciane Lúcia, Débora Curcio, Emerson Gonçalves, Emiliana Braga, Neuseli Lüttke e Tassiana Teixeira
Cartaz: Augusto França
Cenário, Trilha Sonora, Desenho de Luz e Direção: José Luiz Ribeiro