O teatro brasileiro tem no espetáculo musical uma grande tradição. A música construiu a imagem de um país alegre que uniu as etnias nacionais. Quer na tradição da revista, das operetas ou das burletas, o musical tem sido um gênero que fascinou nossos avós e, até hoje nos encanta. A tradição popular nos legou cantorias e danças dramáticas. "Viva A Nau Catarineta", de Altimar Pimentel, é um musical que resgata a tradição nascida das narrativas populares.
Dentre as diversas manifestações populares que nos chegaram da tradição ibérica, o episódio de A Nau Catarineta é um dos mais expressivos. As narrativas sobre marujos perdidos no mar, numa tradição que retoma a Odisséia, reassumem, modernamente, a aventura das grandes conquistas intergaláticas e a batalha do homem contra os desígnios da natureza.
A luta destes homens destemidos sugere dois temas recorrentes na literatura universal: a sedução do demônio, tentando conquistar almas desesperadas (...)
Trecho de
Autor: Altimar Pimentel
Ano: 1999
Elenco: Rónisson Reis, Márcia Falabella e Bárbara Bastos (Diabos), Cristina Braga, Alessandra Fernandes, Franciane Lúcia e Rinara Souza (Saloias e Monstros do Mar), Fátima Amorim (Salioa e Gajeiro), Paulo Moraes (Capitão e Marujo), Emerson Gonçalves (Mestre e Marujo), Marcos Araújo (Padre e Marujo), Júlio Andrade (Marujo), Frederico Monteiro (Comandante, Doutor e Marujo), Marise Mendes (Ração) e Danúbia Figueira (Vassoura)
Arranjos: Dionísio Giovanini
Sonotécnica: Thiago Cabral
Iluminotécnica: Bianca Cores
Figurino: Malu Ribeiro
Apoio Administrativo: Virgínia Fonseca
Música Original, Cenário, Iluminotécnica e Direção: José Luiz Ribeiro