Considerado um dos mais belos trabalhos de Bertold Brecht, “O círculo de giz caucasiano” é inspirado em uma velha lenda recolhida de fontes populares. Surge na obra do dramaturgo em 1944-45 e é uma excelente peça de retórica em defesa dos que não têm terra. Tal como em Antígone, de Sófocles, postula-se, aqui, o direito natural da terra para os que trabalham e nela produzem.
Construída sob uma visão do teatro dentro do teatro sua formulação dramática é hipertextual e absolutamente contemporânea. A abertura se faz no encontro de camponeses, sob os escombros de uma guerra nascida da injustiça que os retirou de sua terra, e os que lá chegaram no vácuo de sua retirada.
Três linhas de narrativa se formam: a disputa pela terra, as desventuras de uma criada solidária e a loucura que se instala como consequência da revolução com a criação de cargos para os revoltosos vencedores.
Trecho de
Autor: Brecht/José Luiz Ribeiro
Ano: 2003
Elenco: Leandro Boscato (Líder, Narrador e Simão Chachava), Júlio Andrade (Latifundiário, Governador, Sargento e Noivo), Gustavo Burla (Sem-Terra, Médico, Cabo, Lourenço e Povo), Fátima Amorim (Sem-Terra, Criada, Camponesa e Narradora), Franciane Lúcia (Sem-Terra, Pobre, Criada, Sacoleira e Narradora), Fernanda Bastos (Sem-Terra, Pobre, Criada, Dama e Sogra), Breno Fonseca (Latifundiário, Príncipe, Cabo e Monge), Cristina Braga (Latifundiária e Mulher do Governador),
Thiago Berzoini (Latifundiário, Medico, Cabo e Velho do Leite), Marise Mendes (Latifundiária e Grucha), Diogo Martins (Sem-Terra, Criado, Hospedeiro e Correligionário), Táscia Souza (Sem-Terra, Criada, Dama e Narradora), Márcia Falabella (Latifundiária, Narradora, Velha, Aniko e Asdaka) e Thell Guerson (Sem-Terra, Sacoleiro e Criado)
Sonotécnica: Danielle Francisco
Trilha Sonora, Cenário, Desenho de Luz, Iluminotécnica e Direção: José Luiz Ribeiro